Duas séries de sonhos marcam, no decorrer de minha análise, os caminhos da autorização. Na primeira série, dirijo um carro, encontro uma blitz. Estou sem documentos. O sonho do aeroporto faz parte desta série. Na segunda série, divido espaços com minha analista. Na sala de atendimento, em um imenso colchão, tomando‑lhe a cadeira.
Do exterior, o outro demanda o início da clínica. Pergunta, sugere, interroga: quando sua clínica vai começar? – Então, tenho que começar uma clínica?
Já como analista, um fragmento: atendo um perverso. Em uma sessão, enquanto fecho a porta do consultório, corre e senta na minha cadeira. – Hoje, o analista vou ser eu, diz. Sento na cadeira do analisante. – Será que você agüenta ouvir?, pergunto. Rápido ele devolve minha cadeira.
Eduardo Sande
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