sábado, janeiro 20, 2007

Por Íris Ferraz(nº10)

A notícia da morte de uma tia, sábado passado, fez lembrar a morte de meu avô e com isso outras perdas, como o da convivência com meu pai. Na morte de meu avô, Ronaldo o filho dessa minha tia, que na verdade é irmã de minha vó, estava casado com minha mãe e foi quem prestou socorro e deu toda assistência, mesmo tendo visto o pai morrer da mesma forma e ter desejado não mais viver tal experiência. Após a separação com minha mãe ele voltou para São Paulo e por coincidência, na morte de sua mãe, minha mãe estava lá. Agradeço a feliz coincidência, sou grata pelo que fez no momento de prestar socorro a meu avô, eu não soube o que fazer, não conseguia ter uma atitude, fiquei assustada com a cena. Desde então não consigo prestar socorro, nem ver sangue.

Na semana retrasada minha vó me liga assustada, pedindo para prestar socorro ao seu cachorro que tinha engolido veneno. Fui mas rezei para que já tivessem levado quando eu chegasse, isso não aconteceu e de qualquer forma me deu possibilidade de viver a situação enxergando possibilidades.

Pra completar as associações, na semana passada, um grande amigo propôs me vender seu carro, fazendo uma troca pelo meu, única possibilidade de trocar meu carro no momento. Precisei pedir ajuda a minha vó, ela deu o aval mas logo depois tenta me convencer do contrário. Entendi porque todas as vezes que tentei trocar o carro nunca deu certo. Era o carro que meu avô me deu e ela nunca quis se desfazer e de alguma forma eu contribui.

Íris Ferraz